Quinta-feira, Novembro 06, 2025
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Chanceler da Itália participa da Cúpula do Clima COP30 no Brasil

Roma, 6 nov (Prensa Latina) O chanceler da Itália, Antonio Tajani, viajou para a cidade brasileira de Belém, no norte do país, para representar seu país na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), segundo uma reportagem publicada hoje.

Uma nota do Ministério das Relações Exteriores italiano indica que o vice-primeiro-ministro da nação europeia desenvolverá, no âmbito desse fórum, que se estenderá de 10 a 21 de novembro, uma ampla agenda que, além de sua participação nos debates, incluirá contatos de alto nível. Tajani visitará o Pavilhão Italiano, localizado na inovadora plataforma flutuante AquaPraça, apresentada anteriormente na Bienal de Veneza, em setembro deste ano.

Nessa plataforma, que faz parte dos espaços oficiais da COP30, o ministro se reunirá com empresários de seu país que operam no Brasil, nação incluída no Plano de Ação Exportadora do governo italiano, aponta o documento.

Entre as atividades programadas estão também visitas do chanceler à Basílica de Nossa Senhora de Nazaré, projetada no início do século XX pelo arquiteto italiano Gino Coppedé, bem como à comunidade terapêutica Fazenda da Esperança e ao Hospital da Divina Providência, localizados na cidade de Marituba.

Nesses centros de saúde, localizados nos arredores de Belém, trabalham missionários italianos da Congregação dos Pobres Servos da Divina Providência, precisa o texto.

De acordo com esse comunicado oficial, na COP30, “a Itália reiterará seu firme compromisso de contribuir para a limitação do aquecimento global e instará todos os Estados Partes a combinar ambição e realismo, perseguindo os objetivos climáticos com abertura e inovação, mas evitando o dogmatismo”.

Destaca-se que a Itália contribuiu para o resultado alcançado pelos ministros do Meio Ambiente da União Europeia que, antes da COP30, confirmaram a meta climática de reduzir até 2035 as emissões de gases de efeito estufa entre 66% e 72%, em comparação com os níveis de 1990.

No entanto, em uma análise publicada no site do jornal Il Fatto Quotidiano, o renomado ecologista e líder sindical Mario Agostinelli antecipa que, nessa cúpula climática, a Itália adotará uma postura negacionista substancial, justificando seu atraso no cumprimento das metas internacionais previamente acordadas. Agostinelli aponta que, enquanto o Pacto Verde Europeu é desmantelado sob pressões do governo norte-americano, a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, ausente nesta COP30, “qualifica a sustentabilidade ambiental como ideológica” e apoia a manutenção dos motores de combustão interna na indústria automotiva continental.

Por outro lado, o governo deste país europeu apoia o aumento das importações de gás natural liquefeito proveniente dos Estados Unidos, Argentina e outras nações, “incumprindo assim o objetivo de emissões líquidas de carbono zero para 2040”, acrescenta o especialista.

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