O ministro sul-africano das Florestas, Pesca e Meio Ambiente, Dion George, exortou os líderes mundiais a transformar compromissos em ações concretas durante sua intervenção no encontro internacional. Ele ressaltou a urgência de implementar a Declaração da Cidade do Cabo, adotada no mês passado sob a presidência sul-africana do G20.
“Pela primeira vez na história do fórum, as principais economias reconheceram que os crimes ambientais constituem crimes organizados transnacionais que ameaçam a segurança global, a estabilidade econômica e o bem-estar social”, destacou o ministro sul-africano.
A Declaração do Rio, ratificada esta semana no Brasil, fortalece o marco jurídico estabelecido no documento pioneiro impulsionado pela África do Sul, apoiado por nações que representam mais de 85% da economia mundial.
Ambos os instrumentos exigem uma cooperação internacional reforçada contra o tráfico ilegal de espécies, a desflorestação, a mineração ilegal e o comércio de resíduos perigosos.
Na ocasião, George detalhou as ações empreendidas por seu país, incluindo o fechamento progressivo da indústria de leões criados em cativeiro — única experiência comercial desse tipo em escala global — e a proposta de incluir os abalones secos no Apêndice II da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas (CITES).
Também reafirmou a posição inflexível da África do Sul contra qualquer reabertura do comércio de marfim ou chifre de rinoceronte, destacando o impacto socioeconômico devastador dos crimes ambientais:
“Cada espécime caçado ilegalmente, cada hectare de floresta derrubado ilegalmente e cada ecossistema costeiro devastado representam um custo humano incalculável”, destacou.
Por fim, o ministro enfatizou que a luta contra esses crimes transcende a proteção animal, tornando-se uma defesa das comunidades e economias nacionais. Os princípios de corresponsabilidade, prestação de contas e ação coordenada devem reger, segundo ele, os esforços globais contra essas atividades criminosas.
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