Quarta-feira, Novembro 05, 2025
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Cristina Fernández relembra o NÃO ao ALCA

Buenos Aires, 5 nov (Prensa Latina) A 20 anos da histórica rejeição continental ao projeto hegemônico dos Estados Unidos da Área de Livre Comércio das Américas (ALCA), Cristina Fernández relembra hoje o discurso de Néstor Kirchner naquela ocasião.

“Integração sim… mas sem dominação”, intitulou a ex-presidente uma mensagem que compartilhou esta manhã pelo X para se referir ao discurso do então dignitário argentino na Cúpula das Américas diante de George Bush, que chegou a Mar del Plata com o objetivo de que os reunidos aprovassem o ALCA.

Este 5 de novembro completa-se duas décadas daquele conclave em que grande parte da região rejeitou a tentativa de Bush de impor essa proposta de dominação comercial. Através de um vídeo, Cristina relembrou o forte discurso proferido por Néstor Kirchner diante do desconforto do presidente norte-americano.

Ontem, terça-feira, e hoje, quarta-feira, líderes e ativistas de sindicatos, movimentos sociais e espaços políticos participaram em Mar del Plata da comemoração do XX aniversário do NÃO ao ALCA, na qual líderes da região destacaram o significado daquele episódio histórico que abriu um novo caminho de esperança e integração na América Latina.

Os anfitriões e dignitários Hugo Chávez e Luiz Inácio Lula da Silva lideraram uma revolta regional que levou à rejeição da ALCA, comemorada por movimentos sindicais, sociais e políticos em uma Cúpula dos Povos paralela à dos presidentes do hemisfério.

Entre outras frases-chave de Néstor Kirchner estão “Integração sim… mas sem dominação”, “Não se trata de ideologia, nem mesmo de política, trata-se de fatos e resultados”, “Continuamos pensando que não nos servirá qualquer integração” e “Simplesmente assinar um acordo não será um caminho fácil e direto para a prosperidade”.

Outras frases nesse sentido: “A integração possível será aquela que reconhecer as diversidades”, “Um acordo não pode ser um caminho de mão única, de prosperidade em uma única direção”, “Nossos pobres, nossos excluídos, nossos países, nossas democracias não suportam mais que continuemos falando em voz baixa”.

“A falta de bem-estar de nossos povos é a raiz das maiores instabilidades. A governabilidade estará em risco se não criarmos empregos”, foi outra das declarações de Néstor Kirchner naquele 5 de novembro de 2005 em Mar del Plata.

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