Quinta-feira, Outubro 30, 2025
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Lula pede coordenação de forças no Brasil após massacre no Rio

Brasília, 30 out (Prensa Latina) O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, defendeu um trabalho coordenado que ataque hoje a raiz do narcotráfico sem colocar em risco inocentes, após o massacre que causou mais de 100 mortes no Rio de Janeiro.

Em uma declaração publicada na rede social X, Lula informou que ordenou ao ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e ao chefe da Polícia Federal, Andrei Augusto Passos, que se deslocassem ao Rio para sistematizar com o governador Cláudio Castro ações urgentes.

“Não podemos aceitar que o crime organizado continue destruindo famílias, oprimindo moradores e espalhando drogas e violência pelas cidades”, afirmou.

O comunicado lembra a maior operação contra o crime organizado do país realizada em agosto, que atingiu uma grande quadrilha envolvida na venda de drogas, adulteração de combustível e lavagem de dinheiro.

Da mesma forma, com a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional de Segurança enviada ao Congresso Nacional, o governo prevê que as diferentes forças policiais atuem em conjunto contra as facções criminosas.

Ao mesmo tempo, a situação no Rio se agravou dramaticamente.

Uma megaoperação policial na terça-feira nos complexos habitacionais cariocas do Alemão e da Penha deixou pelo menos 119 mortos, segundo fontes oficiais.

Outras verificações elevam o número para 132 mortos, o que torna essa incursão a mais letal da história do Brasil.

Para a operação, foram mobilizados cerca de 2.500 agentes, veículos blindados, helicópteros e drones em uma operação dirigida contra o Comando Vermelho, a principal facção criminosa.

Moradores relataram cenas de horror: “há cadáveres espalhados pelas ruas”, informaram líderes comunitários afetados pelo ataque policial. Organizações de direitos humanos denunciaram a operação como um “massacre produzido pelo Estado brasileiro” e exigiram investigações rápidas e transparentes.

Castro defendeu a ação e a classificou como combate ao “narcoterrorismo”, afirmando que os mortos eram criminosos armados.

Lula insiste em garantir que “a segurança não seja alcançada com sangue” e que a população civil seja protegida, em consonância com os princípios que estabeleceu.

O contraste entre o apelo presidencial à coordenação e o elevado número de vítimas na operação levanta questões sobre a estratégia do governo federal face ao crime organizado.

npg/ocs/bm

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