Ao intervir na terceira Cúpula sobre Financiamento para o Desenvolvimento de Infraestruturas em África, que decorre até 31 de outubro em Luanda, Angola, Youssouf destacou que o continente precisa investir 130 mil milhões de dólares anuais para colmatar o seu défice neste domínio.
O titular da CUA afirmou que esta é a espinha dorsal da Área de Livre Comércio Continental Africana e da soberania econômica, daí a prioridade que lhe é atribuída pelo órgão continental.
A este respeito, informou que, através do Programa para o Desenvolvimento de Infraestruturas em África, já foram construídos 16 mil quilômetros (km) de estradas, quatro mil de vias férreas e foi dado acesso à energia a 30 milhões de pessoas.
Acrescentou que a próxima fase ampliará essas ações por meio da mobilização de recursos nacionais, financiamento inovador e alianças globais mais sólidas.
“A integração da África não é um sonho; é o nosso método”, afirmou Youssouf, que insistiu que os países do continente devem passar de uma lógica de assistência para uma lógica de alianças.
Ele acrescentou que, além dos instrumentos financeiros, é necessário fortalecer a coerência coletiva e, apesar de um contexto geopolítico de fragmentação, avançar com uma mentalidade de cooperação definida pelos próprios africanos.
A integração entre os membros tornou-se uma condição de força, disse o presidente da CUA, ressaltando que, se os africanos não dominarem seus próprios corredores, recursos e redes, outros o farão.
“O que estamos construindo aqui não são estradas ou pontes, estamos construindo uma África conectada, confiante e soberana”, afirmou.
Ele destacou que uma questão que requer atenção é a confiança nas instituições africanas e nas capacidades do continente, um dos temas que será debatido nos painéis da cúpula.
O encontro, organizado por Angola e pela UA, tem como objetivo mobilizar capital e acelerar o progresso de projetos estratégicos de infraestrutura em toda a África.
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