A primeira turma do STF marcou para o período de 7 a 14 de novembro a audiência das alegações da defesa no julgamento que condenou Bolsonaro e outras seis pessoas por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Agendado pelo presidente desse painel, o juiz Flávio Dino, o novo julgamento será realizado na sessão plenária virtual do tribunal, na qual os magistrados simplesmente inserem seus votos no sistema.
O prazo para os recursos da defesa expirou na noite de segunda-feira.
Os advogados de Bolsonaro apresentaram um pedido de esclarecimento contra a condenação de 27 anos e três meses de prisão do ex-presidente, por quatro votos a favor e um contra.
A defesa solicita ao relator, o juiz Alexandre de Moraes, que aplique a tese defendida pelo magistrado Luiz Fux, de “desistência voluntária” durante a suposta conspiração, pois alegam que o relator não analisou a hipótese.
Segundo a defesa, Bolsonaro teria “plenos recursos formais” para perpetrar uma tentativa de golpe se realmente tivesse essa intenção, pois teria a prerrogativa de substituir os comandantes das Forças Armadas para declarar estados de defesa ou de sítio, por exemplo.
Portanto, o ex-capitão do Exército teria adotado uma postura de “desânimo e retirada”.
Os juristas recorrem dessa tese depois que a primeira sala condenou Bolsonaro como líder da organização criminosa armada responsável pela conspiração, o que levou o ex-presidente a receber a pena mais longa entre os acusados do que o Ministério Público considerou o núcleo central da conspiração.
O ex-presidente foi incriminado como líder da organização criminosa pelo voto de De Moraes, com o apoio da juíza Carmen Lúcia Antunes e dos colegas Cristiano Zanin e Flávio Dino.
Os magistrados também analisarão os recursos das defesas dos outros seis condenados.
Por todos os meios possíveis, os bolsonaristas (adeptos de Bolsonaro) tentam salvar seu líder diante de uma possível condenação que poderia marcar um antes e um depois na história política recente do Brasil.
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