Segunda-feira, Outubro 27, 2025
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África do Sul defende maior cooperação entre a ASEAN e União Africana

Pretória, 27 out (Prensa Latina) O presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, exortou o fortalecimento da aliança estratégica entre a Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) e a União Africana (UA), durante sua intervenção na 20ª Cúpula do Leste Asiático.

De acordo com um comunicado presidencial divulgado hoje aqui, no âmbito de sua visita de trabalho à Malásia, o presidente destacou que ambos os blocos representam bilhões de pessoas em nações em desenvolvimento, com desafios e aspirações comuns diante de um cenário global de profundas mudanças e incertezas.

“O mundo está passando por uma transformação profunda e incerta. Enfrentamos crises climáticas, desigualdade e instabilidade geopolítica. O crescente protecionismo, as interrupções nas cadeias de abastecimento e o acesso desigual aos mercados continuam a minar as perspectivas de desenvolvimento”, afirmou.

Diante desse panorama, Ramaphosa defendeu respostas coordenadas e alianças inovadoras entre o Sudeste Asiático e a África, que permitam uma conectividade reforçada, maior resiliência econômica e a construção da paz.

O chefe de Estado destacou ainda que a filosofia da ASEAN de “elevação mútua e solidariedade regional” é compartilhada pela África do Sul e está alinhada com os valores da União Africana.

Na ocasião, ele apontou o comércio como uma ferramenta fundamental para impulsionar a prosperidade mútua.

“Ao longo da história, o intercâmbio comercial tem sido um instrumento poderoso de crescimento econômico e progresso social. Devemos aumentar o comércio mutuamente benéfico, melhorando o acesso aos mercados, reduzindo as barreiras não tarifárias e melhorando a conectividade”, afirmou.

O presidente enfatizou que essa cooperação birregional pode levar ao desenvolvimento de soluções conjuntas para os desafios enfrentados pelas economias em desenvolvimento.

“Juntos, podemos defender o multilateralismo e abordar questões críticas como as mudanças climáticas, o desenvolvimento e a resolução de conflitos. Devemos honrar o legado da Conferência de Bandung, construindo um futuro definido pela unidade, dignidade e progresso”, concluiu Ramaphosa.

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