Domingo, Outubro 26, 2025
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Solicitam ao governo do Panamá que condene na ONU o bloqueio dos EUA

Cidade do Panamá, 26 out (Prensa Latina) A Associação Martiana de Cubanos Residentes no Panamá (Amcrp) solicitou ao governo do país do istmo que apoie, nas Nações Unidas, uma resolução que condena o bloqueio dos Estados Unidos contra a ilha, informou-se hoje.

Em uma carta entregue ao chanceler Javier Martínez-Acha, a entidade saudou a posição histórica mantida pelo Panamá ao rejeitar de forma enérgica e consistente essa política criminosa, que há mais de 60 anos constitui o principal obstáculo ao desenvolvimento econômico do país caribenho e a causa de incontáveis sofrimentos e carências.

Sobre os efeitos do bloqueio, a Amcrp destacou o caráter extraterritorial e prejudicial das sanções unilaterais e citou, entre outros, os obstáculos no sistema bancário para realizar transações financeiras normais entre ambos os países, o que afeta tanto as famílias quanto o setor empresarial.

Na opinião da Amcrp, as medidas de pressão econômica contra as nações da região contribuem para as causas da crise migratória no continente. Por isso, manifestar-se firmemente contra elas, como tem feito o Panamá, também significa atacar a raiz de um fenômeno que afeta direta e seriamente os interesses nacionais e a estabilidade regional.

A mensagem também ressalta que, como cubanos que fizeram do istmo sua segunda pátria, enche de orgulho e satisfação ver a postura coerente do Panamá em defesa da soberania e da não ingerência nos assuntos internos dos Estados.

Recentemente, o chanceler de Cuba, Bruno Rodríguez, alertou que o governo dos Estados Unidos exerce pressões sobre vários países para influenciar seus votos em relação à resolução que exige o fim do bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto à maior das Antilhas.

O diplomata afirmou que Cuba possui informações fidedignas sobre pressões intimidatórias de Washington contra diversas nações, principalmente da América Latina e da Europa.

Segundo Rodríguez, a intenção é modificar a posição tradicional desses países contrária ao bloqueio a Cuba, tendo em vista a próxima votação na Assembleia Geral das Nações Unidas, que será realizada nos dias 28 e 29 de outubro.

O ministro classificou as ações de Washington como uma campanha caluniosa, desrespeitosa, mentirosa e de intoxicação informativa, baseada no pretexto de que Cuba representa uma ameaça para os Estados Unidos.

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