Em resposta a uma pergunta da Prensa Latina, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Guo Jiakun, destacou que os Estados Unidos não apenas não refletem sobre suas ações, mas também intensificam sua política de coerção, o que viola o direito internacional, os princípios básicos das relações internacionais e o direito humanitário.
Ele ressaltou que essa postura coloca os Estados Unidos contra a justiça e a equidade, o que gerará uma oposição generalizada da comunidade internacional.
Ele indicou que a China se opõe firmemente ao bloqueio americano e votou a favor da resolução cubana na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) por 32 anos consecutivos, desde 1992.
Acrescentou que quase 190 países apoiam essa resolução, evidenciando claramente a posição majoritária do mundo.
Guo reiterou o apoio da China ao direito do povo cubano de escolher seu próprio caminho de desenvolvimento, defender sua soberania e rejeitar interferências externas.
Ele observou que Washington deve adotar medidas concretas para melhorar suas relações com Havana e contribuir para a paz e a estabilidade na região.
Em várias ocasiões, o Ministério das Relações Exteriores da China instou os Estados Unidos a levantar o bloqueio o mais rápido possível e retirar a ilha da chamada lista de Estados patrocinadores do terrorismo.
Desde 1992, a Assembleia Geral da ONU aprova anualmente a resolução apresentada por Cuba contra o bloqueio americano.
O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, destacou ontem que os Estados Unidos estão recorrendo a táticas de intimidação e chantagem para minar o apoio internacional ao levantamento do bloqueio, em uma manobra que ele classificou como uma ofensiva desrespeitosa.
Durante uma coletiva de imprensa em Havana, o ministro das Relações Exteriores enfatizou que as ações do governo norte-americano atentam contra a soberania dos Estados e o direito de cada nação de decidir livremente seu voto na Assembleia Geral das Nações Unidas.
Rodríguez apresentou cópias de comunicações oficiais enviadas por Washington a vários governos nas quais, segundo ele, são empregadas “pressões grosseiras, ameaças diretas e argumentos caluniosos” para dissuadir países, especialmente da América Latina e da Europa, de continuar seu apoio contra o cerco econômico, comercial e financeiro.
Além disso, ele detalhou que a pressão de Washington inclui a recusa de países terceiros em fornecer peças de reposição ou combustível a Cuba, como ocorreu recentemente com uma das principais usinas termelétricas do país, afetando diretamente o sistema elétrico nacional.
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