Quinta-feira, Outubro 23, 2025
NOTÍCIA

China rejeita coerção dos EUA e enfatiza seu apoio a Cuba

Beijing, 23 out (Prensa Latina) A China rejeitou hoje as táticas coercivas e as pressões dos Estados Unidos sobre outras nações, ao mesmo tempo em que reforçou seu apoio a Cuba contra o bloqueio que Washington impõe há mais de 60 anos.

Em resposta a uma pergunta da Prensa Latina, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Guo Jiakun, destacou que os Estados Unidos não apenas não refletem sobre suas ações, mas também intensificam sua política de coerção, o que viola o direito internacional, os princípios básicos das relações internacionais e o direito humanitário.

Ele ressaltou que essa postura coloca os Estados Unidos contra a justiça e a equidade, o que gerará uma oposição generalizada da comunidade internacional.

Ele indicou que a China se opõe firmemente ao bloqueio americano e votou a favor da resolução cubana na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) por 32 anos consecutivos, desde 1992.

Acrescentou que quase 190 países apoiam essa resolução, evidenciando claramente a posição majoritária do mundo.

Guo reiterou o apoio da China ao direito do povo cubano de escolher seu próprio caminho de desenvolvimento, defender sua soberania e rejeitar interferências externas.

Ele observou que Washington deve adotar medidas concretas para melhorar suas relações com Havana e contribuir para a paz e a estabilidade na região.

Em várias ocasiões, o Ministério das Relações Exteriores da China instou os Estados Unidos a levantar o bloqueio o mais rápido possível e retirar a ilha da chamada lista de Estados patrocinadores do terrorismo.

Desde 1992, a Assembleia Geral da ONU aprova anualmente a resolução apresentada por Cuba contra o bloqueio americano.

O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, destacou ontem que os Estados Unidos estão recorrendo a táticas de intimidação e chantagem para minar o apoio internacional ao levantamento do bloqueio, em uma manobra que ele classificou como uma ofensiva desrespeitosa.

Durante uma coletiva de imprensa em Havana, o ministro das Relações Exteriores enfatizou que as ações do governo norte-americano atentam contra a soberania dos Estados e o direito de cada nação de decidir livremente seu voto na Assembleia Geral das Nações Unidas.

Rodríguez apresentou cópias de comunicações oficiais enviadas por Washington a vários governos nas quais, segundo ele, são empregadas “pressões grosseiras, ameaças diretas e argumentos caluniosos” para dissuadir países, especialmente da América Latina e da Europa, de continuar seu apoio contra o cerco econômico, comercial e financeiro.

Além disso, ele detalhou que a pressão de Washington inclui a recusa de países terceiros em fornecer peças de reposição ou combustível a Cuba, como ocorreu recentemente com uma das principais usinas termelétricas do país, afetando diretamente o sistema elétrico nacional.

npg/idm/bm

RELACIONADAS

Edicão Portuguesa