O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Guo Jiakun, afirmou que Beijing apresentou um protesto formal às autoridades europeias e descreveu as medidas como unilaterais.
“A China não é parte nem responsável pela crise na Ucrânia”, disse Guo. “Não fornecemos armas letais a nenhuma das partes e controlamos rigorosamente a exportação de artigos de dupla utilização”, sublinhou.
O porta-voz acrescentou que a maioria dos países, incluindo os europeus e os Estados Unidos, mantém relações comerciais com a Rússia, pelo que “a União Europeia não tem o direito de interferir na cooperação normal entre as empresas chinesas e russas”.
Guo instou o bloco a “parar de prejudicar os interesses legítimos da China” e advertiu que seu país “tomará todas as medidas necessárias para salvaguardar seus direitos e interesses”.
A União Europeia acordou esta semana um novo pacote de sanções contra Moscou, que amplia seu alcance a empresas de países terceiros, incluindo 12 da China e três da Índia, por supostamente ajudarem a Rússia a contornar as restrições no âmbito tecnológico e de produção militar.
A escalada ocorre depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que a reunião com o presidente russo, Vladimir Putin, para discutir a questão da Ucrânia, foi suspensa.
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