As autoridades federais, juntamente com a administração do Pará, intensificam as ações de infraestrutura, logística e segurança para cumprir os padrões exigidos pela Conferência das Nações Unidas sobre o Clima (COP30).
“Belém será a plataforma global para a ação climática em 2025; assumimos o desafio de estar prontos e queremos mostrar que o Brasil pode liderar esse processo”, declarou um porta-voz do governo.
Escolhida oficialmente para sediar o fórum, a cidade amazônica representa um sinal claro de que a agenda climática global dará ênfase especial aos biomas tropicais e à recuperação do Sul Global.
Para o Brasil, esta edição é uma oportunidade de se projetar como ator central nas negociações climáticas, conectar suas riquezas naturais — especialmente a Amazônia — com os desafios planetários e reforçar seus compromissos com a adaptação, mitigação e financiamento climático.
O governo anunciou que as principais obras relacionadas ao evento serão concluídas antes de 1º de novembro, incluindo a zona de negociações (blue zone) e a infraestrutura temporária no parque principal de Belém.
No entanto, ainda existem desafios. A cidade precisa ampliar sua oferta hoteleira, coordenar o transporte para os delegados internacionais e garantir acessibilidade e conforto.
Embora a agenda final ainda esteja sendo ajustada, já se antecipam como eixos centrais a avaliação global do cumprimento dos compromissos do Acordo de Paris e o estabelecimento de novos objetivos.
Também se prevê a mobilização de recursos para adaptação e mitigação em países em desenvolvimento, bem como a preservação da Amazônia e a gestão sustentável de seus recursos.
Por fim, a integração das comunidades locais, dos povos indígenas e dos biomas tropicais na governança climática.
Com a COP30 se aproximando, o Brasil aposta fortemente em projetar uma imagem de país anfitrião preparado, estratégico e comprometido com a agenda das mudanças climáticas.
No entanto, o sucesso dependerá de que os preparativos logísticos sejam concretizados sem contratempos e de que a conferência traduza as expectativas em compromissos reais.
Até meados de outubro, 162 delegações de países confirmaram sua participação na conferência e espera-se que o número total de participantes, incluindo delegados, representantes da sociedade civil e imprensa, chegue a aproximadamente 50 mil pessoas.
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