A imprensa local informou sobre uma investigação do Ministério da Segurança do Estado que permitiu desmantelar a tentativa de infiltração e roubo de informações confidenciais, bem como os planos de sabotagem à infraestrutura tecnológica responsável pela sincronização temporal nacional.
A instituição explicou que o centro, localizado na província de Shaanxi, fornece serviços de cronometragem de alta precisão para setores como telecomunicações, finanças, energia, transporte e defesa, além de contribuir para o cálculo do tempo padrão internacional.
De acordo com a investigação divulgada pelo The Paper, a NSA americana iniciou as suas operações em março de 2022, quando aproveitou vulnerabilidades nos serviços de mensagens de uma marca estrangeira para aceder aos telefones de vários funcionários do centro e obter dados sensíveis.
Em abril de 2023, os atacantes usaram as credenciais roubadas para entrar nos sistemas informáticos do centro e obter informações sobre a sua rede interna.
Posteriormente, entre agosto de 2023 e junho de 2024, eles utilizaram 42 tipos de ferramentas especializadas para executar ataques de alta intensidade e tentar se infiltrar no sistema de cronometragem terrestre de alta precisão.
As autoridades chinesas indicaram que os ataques foram realizados principalmente durante a madrugada, utilizando servidores nos Estados Unidos, Europa e Ásia para ocultar a sua origem.
Os responsáveis utilizaram certificados digitais falsos, encriptação avançada e técnicas de eliminação de vestígios para encobrir a sua atividade.
O Ministério da Segurança do Estado indicou que foram recolhidas provas que confirmam a autoria estadunidense, as rotas de ataque foram bloqueadas e as medidas de proteção foram reforçadas para garantir a segurança do «Beijing Time».
A China denunciou que os Estados Unidos mantêm uma política de hegemonia cibernética por meio de ações de espionagem e ataques contra infraestruturas críticas no país, no Sudeste Asiático, na Europa e na América do Sul, ao mesmo tempo em que acusa sem fundamento outras nações de ameaças cibernéticas.
As autoridades lembraram que a lei chinesa obriga as instituições e os operadores de infraestruturas estratégicas a reforçar a prevenção de atos de espionagem e ciberataques, e exortaram os cidadãos a denunciarem incidentes suspeitos.
Nos últimos anos, a China denunciou repetidamente operações de ciberespionagem atribuídas a agências de inteligência estadunidenses, num contexto de crescentes tensões tecnológicas e disputas pela segurança no ciberespaço global.
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