Sexta-feira, Outubro 17, 2025
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União Africana enviará delegação a Madagascar em apoio ao diálogo

Adis Abeba, 17 out (Prensa Latina) A União Africana (UA) decidiu enviar uma delegação de alto nível para apoiar o diálogo em Madagascar, onde hoje um coronel do Exército tomou posse como novo líder após assumir o poder e derrubar o presidente eleito.

A comitiva tem como objetivo colaborar com as partes com vistas ao restabelecimento da ordem constitucional, embora dentro do país o coronel Michael Randrianirina tenha afirmado que a ilha será governada por um conselho militar, com ele como presidente, durante um período de 18 meses a dois anos, antes da realização de novas eleições.

O presidente da Comissão da União Africana, Mahmoud Ali Youssouf, destacou a urgência de envidar esforços para promover um diálogo genuíno e construtivo entre autoridades, partidos políticos, sociedade civil, representantes da juventude e outros atores, a fim de facilitar o retorno pacífico à ordem democrática constitucional.

De acordo com um comunicado da organização continental, além da comitiva de alto nível, em coordenação com a Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral, serão enviados nos próximos dias a Madagascar membros do Grupo de Sábios e um Enviado Especial.

“Essas ações diplomáticas lideradas pela UA têm como objetivo apoiar o início de um diálogo e consultas nacionais inclusivas, de propriedade malgaxe e dirigidas pela população civil, que conduzam ao restabelecimento da estabilidade, ao fortalecimento da coesão social e à defesa da governança constitucional”, precisou a nota.

Da mesma forma, expressou solidariedade ao povo de Madagascar em suas legítimas aspirações de boa governança, democracia, desenvolvimento sustentável e prosperidade, e instou todas as partes a participarem, de boa fé e com espírito de compromisso e unidade nacional, em busca de uma solução pacífica e consensual.

O novo líder empossado de Madagascar é comandante de uma unidade de elite do Exército, que há três dias anunciou a tomada do poder pelas forças armadas após semanas de protestos antigovernamentais, liderados principalmente por jovens.

O assunto foi discutido nos dias 14 e 15 de outubro em uma reunião do Conselho de Paz e Segurança da União Africana, que decidiu pela suspensão do país devido à ruptura da ordem constitucional.

mem/kmg/bm

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