O fórum será realizado no Centro Comunitário Athos Bulcão da Universidade de Brasília, com o foco voltado para o próximo grande encontro mundial sobre o clima, que será realizado em novembro, em Belém, capital do estado do Pará.
Organizada pela Secretaria-Geral da Presidência, a reunião reunirá o Fórum Interconsular e os Fóruns de Participação Social dos estados da Amazônia Legal, com o objetivo de fortalecer as contribuições da sociedade civil brasileira para a chamada Agenda de Ação da Conferência das Nações Unidas sobre o Clima (COP30).
O encontro simboliza um esforço do governo para democratizar o debate ambiental e garantir que as vozes das comunidades amazônicas, dos povos indígenas, das organizações juvenis e dos movimentos sociais façam parte das propostas que o Brasil apresentará à ONU.
A Agenda de Ação é um documento estratégico que orienta as medidas necessárias para ampliar e acelerar o cumprimento dos compromissos do Acordo de Paris, ao mesmo tempo em que busca harmonizar o desenvolvimento econômico e a justiça climática.
Sua estrutura gira em torno de seis eixos temáticos: Energia, Indústria e Transporte; Florestas, Oceanos e Biodiversidade; Agricultura e Sistemas Alimentares; Cidades, Infraestrutura e Água; Desenvolvimento Humano e Social; e Temas Transversais, estes últimos ligados à igualdade de gênero, inclusão e transição justa.
A iniciativa faz parte dos preparativos para a COP30, a primeira conferência climática global a ser realizada na Amazônia, onde se espera a participação de mais de 30 mil delegados internacionais, chefes de Estado e representantes da sociedade civil.
O governo pretende chegar a esse encontro com uma posição unificada, apoiada pelas administrações estaduais, pela academia e pelas organizações populares, em torno de uma estratégia nacional de descarbonização e recuperação florestal.
Prevê-se que Lula defenda em Belém a criação de um fundo global para a preservação das florestas tropicais, bem como o fortalecimento do financiamento climático para os países em desenvolvimento, uma das grandes dívidas das conferências anteriores.
A expectativa é que a COP30 marque um ponto de inflexão na ação climática internacional e reforce o papel do Sul Global como protagonista em soluções sustentáveis.
Para o Brasil, será também uma oportunidade histórica para mostrar ao mundo os avanços — e os desafios — na proteção da Amazônia e na transição para uma economia verde.
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