Camilo Tovar, chefe da missão do FMI, comunicou essa problemática após um estudo da nação caribenha entre 30 de setembro e 8 de outubro do ano corrente.
Essa avaliação, segundo o jornal Le Nouvelliste, fazia parte do programa de referência estabelecido para apoiar o país.
Outros meios de comunicação lembraram que o baixo desempenho dos setores no Haiti se traduz em uma contração do ICAE, que registrou um recuo de 2,7% no segundo trimestre de 2025.
No primeiro trimestre do ano corrente, esse recuo foi de 2,5%, observando-se uma estagnação econômica em todos os níveis: primário (-5,7%), secundário (-4,9%) e terciário (-1,2%).
Esses resultados se devem à deterioração da situação de segurança, ao rápido agravamento das condições humanitárias e ao enfraquecimento da capacidade produtiva do país, precisou o jornal Haiti Libre.
A violência protagonizada pelas gangues nos departamentos de Artibonite, Centre e na área metropolitana de Porto Príncipe provocou contínuas deslocações internas, perturbando as atividades comerciais e quebrando o modo de vida da população.
Esses movimentos da população, combinados com as interrupções nas cadeias de abastecimento, agravaram a precariedade dos meios de subsistência das famílias haitianas e a crise alimentar.
O Índice de Insegurança Alimentar para o período de março a junho de 2025 revelou que cerca de 5,7 milhões de haitianos, ou 51% da população analisada, sofrem de insegurança alimentar aguda, incluindo um milhão de crianças em situações críticas.
Neste ambiente socioeconômico volátil, as pressões inflacionárias aumentaram, com a taxa de inflação anual situando-se em 28,4% em junho de 2025, contra 25,2% em março de 2025. mem/joe/bm