Em um comunicado, a entidade afirmou que a onda de ataques faz parte de uma estratégia mais ampla de Israel para eliminar profissionais e estudiosos palestinos nos territórios ocupados.

Ele apontou que entre as vítimas fatais estavam professores universitários, pesquisadores, médicos e engenheiros que foram atacados em suas casas ou no exercício de suas funções acadêmicas e humanitárias. “A ocupação (israelense) busca esvaziar a sociedade palestina de sua elite e de seu talento”, enfatizou.

O objetivo é apagar a identidade cultural e científica palestina, afirmou o Escritório, que apelou à comunidade internacional para que adote medidas urgentes para exigir que esse país preste contas pelos seus crimes.

Na semana passada, o organismo revelou que, nos últimos 24 meses, o Exército lançou mais de 200 mil toneladas de explosivos contra a Faixa, destruída em mais de 90%.

Em um relatório sobre a crise humanitária na região, destacou que as perdas diretas totais somam mais de US$70 bilhões, incluindo US$5 bilhões no setor de saúde e US$4 bilhões na educação.

O texto indicou que mais de 67 mil palestinos morreram e 9.500 estão desaparecidos sob os escombros como consequência da campanha bélica do país vizinho.

Do total de mortos, mais de 20 mil são crianças e adolescentes, dos quais 1.150 tinham menos de um ano, e cerca de 12.500 mulheres, 9 mil delas grávidas, detalhou.

O Escritório destacou que os militares israelenses assassinaram 1.670 profissionais da área da saúde, 140 socorristas da Defesa Civil e 254 trabalhadores da imprensa.

Os militares também mataram 787 policiais e seguranças na Faixa, bem como 894 membros do movimento esportivo nacional, apontou.

De acordo com o documento, nos últimos 24 meses foram registrados cerca de 12 mil abortos espontâneos, também devido à falta de alimentação e cuidados sanitários.

Também acusou o Exército de bombardear 38 hospitais, 96 centros de saúde e 197 ambulâncias.

O documento indicou que Israel destruiu cerca de 268 mil casas, outras 148 mil ficaram inabitáveis e 153 mil foram parcialmente danificadas.

oda/rob/mb