O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Guo Jiakun, respondeu assim após o conhecimento do relatório do comitê especial da Câmara dos Representantes, que acusou Beijing de usar vínculos acadêmicos com universidades americanas para fins de defesa e propôs restrições aos programas conjuntos.
“Esse órgão ataca e difama a China por motivos políticos e carece de credibilidade”, afirmou o porta-voz.
Ele destacou que Beijing já apresentou protestos a Washington contra essas declarações e ressaltou que o intercâmbio educacional responde aos interesses comuns dos dois povos.
Guo indicou que alguns políticos americanos abusam do conceito de segurança nacional para interferir na cooperação cultural e educacional, o que ele classificou como uma tentativa fadada ao fracasso.
“Instamos a parte americana a cumprir o compromisso expresso pelo presidente Donald Trump de dar as boas-vindas aos estudantes chineses e a parar de prejudicar os interesses de ambas as partes e a relação bilateral”, enfatizou.
O porta-voz acrescentou que a China acompanhará de perto as ações de Washington e tomará as medidas necessárias para defender seus direitos e interesses legítimos.
A China e os Estados Unidos estabeleceram programas de intercâmbio acadêmico desde a década de 1970, após o restabelecimento das relações diplomáticas.
Recentemente, o governo de Donald Trump anunciou medidas restritivas contra estudantes chineses, incluindo a suspensão de vistos e limitações ao acesso a certos programas acadêmicos, o que gerou rejeição no gigante asiático.
No entanto, durante sua última ligação telefônica com o presidente Xi Jinping, o republicano garantiu que os Estados Unidos dão as boas-vindas aos estudantes chineses.
Diao Daming, professor da Escola de Relações Internacionais da Universidade Renmin e vice-diretor do Centro de Estudos Americanos, considerou que essas declarações podem representar a posição real de Trump.
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