O evento, sediado no hotel Parco dei Principi, na capital, organizado em colaboração com o Instituto Internacional Italo-Latino-Americano (IILA), foi inaugurado pelo ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, que destacou em seu discurso a importância da colaboração política e econômica no cenário mundial atual.
Esta iniciativa busca “aproveitar os profundos laços históricos, culturais e econômicos que unem a Itália e a região, e promover a cooperação multinível, orientada para resultados concretos”, precisa um comunicado do Ministério das Relações Exteriores italiano.
O encontro, que também conta com a participação de responsáveis de organizações e bancos regionais, é realizado este ano sob o lema “Itália-América Latina e Caribe: uma aliança em crescimento” e concentra seus debates no estreitamento dos laços em prol do crescimento econômico sustentável, da energia, da cultura, da segurança e da educação.
Neste primeiro dia, serão realizadas duas sessões temáticas dedicadas ao fortalecimento da aliança econômica e comercial e à cooperação energética como eixo estratégico comum.
Serão abordados os temas “A parceria econômica com a América Latina e o Caribe para impulsionar o crescimento e o livre comércio”, bem como “A cooperação energética como pedra angular da parceria Itália-América Latina e Caribe”.
O documento destaca que a Itália está consolidando importantes relações econômicas com a América Latina e, já em 2024, o comércio com essa região atingiu 33 bilhões de euros, com exportações que totalizaram cerca de 21 bilhões de euros.
O presidente italiano, Sergio Mattarella, destacou em uma mensagem publicada na última segunda-feira a importância deste encontro bienal organizado, que é realizado desde 2003, e que “se inspira genuinamente nos fortes laços humanos, históricos, políticos e econômicos que unem nossos países”.
A edição deste ano, enfatizou o presidente, se desenvolve em meio a um panorama geopolítico que “apresenta desafios cada vez mais complexos”, com “mudanças nas relações comerciais globais”.
Segundo ele, enfrentam-se “ameaças à democracia, ao multilateralismo e ao sistema internacional baseado em normas”, com uma “tendência preocupante de normalizar o uso da força como instrumento plausível para resolver disputas entre Estados”.
Esta conferência ocorre poucos dias antes da IV Cúpula entre a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e a União Europeia (UE), a ser realizada nos dias 9 e 10 de novembro na cidade colombiana de Santa Marta.
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