A agência informou que os blocos da União Democrata Cristã/União Social Cristã e do Partido Social Democrata concordaram em iniciar debates no Bundestag (Parlamento alemão) sobre um novo modelo de serviço na próxima semana.
O jornal informou que o grupo da União bloqueou a discussão do projeto do ministro da Defesa, Boris Pistorius, quando os conservadores retiraram o item da agenda, previsto para 9 de outubro. Pistorius criticou duramente a facção e classificou sua conduta como imprudente, afirmando que é irrealista pensar que se pode restabelecer o recrutamento e mobilizar toda uma geração imediatamente.
Analistas destacam que essa postura reflete tensões na coalizão governamental sobre a política de defesa e consideram que o debate evidencia uma reavaliação das necessidades de segurança nacional.
O Ministério da Defesa alemão pretende aumentar o efetivo do Bundeswehr (Exército alemão) para 260 mil soldados e a reserva para 200 mil.
Em agosto, a Alemanha aprovou o projeto de Pistorius para um serviço baseado no modelo sueco, que inclui exames médicos para graduados e um formulário obrigatório de disponibilidade para homens entre 18 e 25 anos.
A iniciativa não descarta um eventual retorno ao recrutamento universal.
A Alemanha suspendeu o serviço militar obrigatório em julho de 2011 e fez a transição para um exército profissional.
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