Na abertura da exposição, que também contou com a presença dos artistas Sami Miranda, Lázaro Batista e Ulysses Marshall, Alejandro Pila, vice-chefe da Missão Cubana, declarou: “Nossa Embaixada não é apenas um edifício diplomático. Por um momento, ela se torna algo mais, uma ponte cultural.”
Ao dar as boas-vindas aos participantes no dia anterior, Pila enfatizou que “Cuba é um mosaico vivo, moldado por raízes africanas, europeias e caribenhas. E dessas raízes emergiu uma cultura vibrante, resiliente e profundamente humana.”
“Estamos especialmente orgulhosos”, disse ele, “de inaugurar esta exposição no início do Mês da Cultura Cubana.”
Ele também observou que “se há algo que a história nos lembra, é que as culturas cubana e americana estão conectadas há muito tempo. Os ritmos de Havana e os sons de Nova Orleans compartilham a mesma pulsação. A percussão afro-cubana e o blues afro-americano emergiram de raízes comuns”.
O espaço era uma mistura de obras marcantes e coloridas que falam sobre a memória, a herança e a Cuba contemporânea, bem como sobre as conexões entre a história afro-americana e as narrativas da ilha.
A música também estava presente, com a mesma força dos ritmos afro-cubanos. Roberto Dominich Olano, natural de Havana que, desde os oito anos de idade, encontrou sua maneira de se comunicar com o mundo através dos tambores, encantou o público.
Olano tocou timba, songo, guaguancó, salsa, jazz e as cadências da Santería e, ao longo de sua carreira, se apresentou no palco com grandes bandas, incluindo a lendária Irakere.
Desde março de 1980, ele mora em Washington, D.C., ajudando a levar a música cubana a novos públicos, tornando-se uma ponte cultural para ensinar jovens músicos, transmitir a tradição e manter vivo um legado que é muito mais do que música.
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