Nesse sentido, o diretor do centro GHESKIO, Dr. William Pape, lembrou que a AIDS foi a principal causa de morte no país por mais de 30 anos e agora ocupa o sétimo lugar.
Pape classificou a hipertensão arterial como uma doença silenciosa e já chamou a atenção para o fato de que os haitianos consomem quatro vezes mais sal do que a quantidade recomendada, o que aumenta o risco de sofrer dessa doença.
Ele considerou perigosa a alta concentração de chumbo na água consumida pela população, pois é um fator agravante para as artérias e a circulação sanguínea.
O uso intensivo de motocicletas reduz as caminhadas, diminuindo a atividade física diária e acentuando o sedentarismo na sociedade, acrescentou.
Pape, citado pelo jornal Le Nouvelliste, não descartou a tese de que as pessoas da raça negra têm predisposição à hipertensão, mas certos comportamentos podem limitar os riscos.
Ele ressaltou que a hipertensão é a principal causa de morte tanto para homens quanto para mulheres.
O especialista enfatizou a importância do tratamento farmacológico, pois quando os pacientes tomam a medicação corretamente, cerca de 70% conseguem reduzir a pressão arterial em 12 pontos, e uma redução de apenas cinco pontos já diminui significativamente o risco de doenças cardiovasculares.
Nesse sentido, ele recomendou reduzir a ingestão de sal, praticar exercícios regularmente e conscientizar sobre a importância do controle médico.
ga/joe/bm