A ministra em exercício, Irene Vélez, afirmou que esta decisão constitui um passo histórico para proteger os pulmões do planeta e garantir que a Amazônia não atinja o ponto crítico sem retorno, um cenário em que o ecossistema perderia sua capacidade de regeneração e processos irreversíveis de degradação seriam desencadeados.
“A Amazônia é o coração da vida: regula a água e o clima e é o epicentro da biodiversidade, tanto nacional quanto globalmente. Abrange mais de 483.000 quilômetros quadrados, 42% do nosso país”, afirmou a autoridade.
O objetivo, observou, é restringir as atividades extrativas convencionais em departamentos como Amazonas, Caquetá, Putumayo, Guaviare, Guainía e Vaupés.
“Estamos fazendo isso para evitar a perda e a degradação de florestas; a grilagem de terras e a poluição de nossos rios; e o acúmulo de impactos ambientais decorrentes de décadas de exploração industrial de hidrocarbonetos e, em menor escala, da mineração na Amazônia”, enfatizou.
De acordo com o Ministério, o Bioma Amazônia enfrenta pressões crescentes da mineração e dos hidrocarbonetos, que geram impactos cumulativos e riscos estruturais.
Ele alertou que a abertura de infraestrutura em departamentos como Putumayo e Caquetá tem alimentado direta e indiretamente o desmatamento, a fragmentação de ecossistemas e a perda de cobertura florestal, além de diminuir a qualidade da água e degradar os solos.
Esses efeitos, ao interagirem com as mudanças climáticas, são amplificados de forma em cascata, prejudicando a segurança hídrica e alimentar do país e a governança territorial, afirmou o ministério.
O projeto, sobre o qual poderão ser feitas observações nos próximos 15 dias, respeita as situações estabelecidas e estabelece um regime transitório, observou a fonte.
Portanto, títulos ou contratos vigentes com licença ambiental poderão ser executados até o prazo estabelecido.
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