O convite para sair às ruas foi feito há vários dias pela Federação Nacional dos Sindicatos de Agricultores da França (Fnsea), a maior organização do setor, e pelos Jovens Agricultores.

Além de denunciar o acordo UE-Mercosul, que consideram promotor da concorrência desleal, os manifestantes rejeitam a cruzada tarifária desencadeada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

No início de setembro, a UE lançou o processo de ratificação de seu Acordo de Livre Comércio com o Mercosul, bloco econômico fundado em 1991, que atualmente integra Argentina, Bolívia (novo Estado parte), Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela (suspensa de todos os seus direitos).

Sob pressão dos agricultores e de partidos políticos de diversas tendências, o governo francês rejeita o acordo e tenta estender suas preocupações a outros países europeus.

Segundo relatos, desde cedo foram colocados em frente ao Palácio de Versalhes, uma das principais atrações turísticas da França, cerca de vinte tratores como parte da mobilização sindical.

Durante 2024, os agricultores colocaram o governo em xeque com suas manifestações, em particular os bloqueios de rodovias em janeiro, ações que levaram as autoridades a apresentar 70 medidas.

A esse respeito, o presidente da Fnsea, Arnaud Rousseau, evocou um “sentimento de traição” por parte do sindicato.

As promessas são feitas para serem cumpridas, advertiu ele em um dos apelos no meio do ano.

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