Durante seu discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas, que continua hoje suas sessões em Nova York, o mandatário ratificou o apoio de sua nação à coexistência pacífica, à tolerância recíproca e à compreensão mútua.
Nesse sentido, manifestou a posição congolesa favorável à solução de dois Estados: israelense e palestino, coexistindo em paz; e ao lado do povo cubano, “exausto por décadas de um bloqueio que atualmente é incompreensível”, observou.
Sassou-Nguesso reiterou também o apelo ao desarmamento mundial e ao investimento na busca de soluções para a segurança coletiva, a estabilidade e a prosperidade de todos os povos.
Ele afirmou que, diante das crescentes tensões e múltiplas ameaças que colocam em risco o futuro da humanidade, é necessário que a ONU volte a ser um instrumento eficaz para a prevenção de conflitos.
Alertou que está em curso uma nova e preocupante corrida armamentista, com gastos recordes em nível mundial, enquanto milhões de seres humanos vivem em extrema pobreza e têm acesso reduzido à água potável, educação de qualidade e serviços de saúde básica.
“A República do Congo acredita firmemente que uma ONU mais forte e eficaz é a condição indispensável para preservar a paz e garantir o desenvolvimento sustentável”, afirmou, e exortou a concretização da reforma de seus órgãos, começando pelo Conselho de Segurança, para que seja mais representativo e transparente.
A África não pode continuar marginalizada, trata-se de um continente com mais de 1,4 bilhão de habitantes; um continente com futuro, com potencial, ao qual devemos garantir plena participação nas decisões globais, não como beneficiário de um favor, mas como parceiro legítimo, afirmou.
Ele acrescentou que é imprescindível um multilateralismo mais próximo das aspirações dos povos, mais representativo das realidades do século XXI, que se traduza em ações concretas, resultados tangíveis e soluções duradouras.
npg/kmg/bm