Quinta-feira, Setembro 25, 2025
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Chanceler de Cuba defende ação climática na ONU

Nações Unidas, 25 set (Prensa Latina) Como parte de sua agenda intensa e cheia aqui, o ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, falou hoje no evento especial de alto nível sobre ação climática.

Rodríguez explicou que Cuba apresentou em fevereiro deste ano sua contribuição, que “foi o resultado de um exercício rigoroso, em cumprimento ao apelo global para aumentar a ambição climática e levando em conta as circunstâncias de um país bloqueado”, como é o caso da nação caribenha.

Argumentou que a contribuição nacionalmente determinada de Cuba abrange, entre outros, os setores de energia e agricultura, e tem um amplo componente de adaptação às mudanças climáticas.

Mas, sua materialização — enfatizou — “será limitada fundamentalmente pelo bloqueio dos Estados Unidos contra Cuba”.

Apenas um mês de bloqueio equivale ao custo do Plano Nacional de Energia Solar para o ano de 2025, aproximadamente 609 milhões de dólares, com o qual se prevê instalar 1.015 megawatts em todo o país, destacou.

Também não se pode falar de ambição climática sem remover as bases da atual ordem econômica internacional, injusta e desigual, insistiu.

“A dívida externa, o protecionismo, as medidas coercitivas unilaterais e outras manifestações nocivas da ordem prevalecente atentam contra a ação coletiva frente às mudanças climáticas”, destacou o chanceler.

Rodríguez acrescentou: “Exigimos também que os países desenvolvidos paguem a dívida ecológica que têm com a humanidade, cumpram suas obrigações em virtude de suas responsabilidades históricas e forneçam aos países em desenvolvimento os recursos que permitam avançar na ação climática”.

Como alertou em 1992 o Comandante em Chefe Fidel Castro Ruz na histórica Conferência do Rio de Janeiro, e cito: “Amanhã será tarde demais para fazer o que deveríamos ter feito há muito tempo…”.

Nesta quarta-feira, o ministro também participou da 49ª Reunião Ministerial do G 77 e China, onde pediu a preservação da unidade do grupo e observou que, mais de seis décadas após sua fundação, os desafios são crescentes e díspares e “para enfrentá-los, nossa unidade é mais essencial do que nunca”.

Rodríguez, membro do Bureau Político do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba e deputado do Parlamento cubano, chegou a Nova York no último sábado, à frente da delegação da ilha que participa do Segmento de Alto Nível da 80ª sessão da Assembleia Geral da ONU.

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