Zambelli cumpre prisão na Itália desde julho e aguarda a resolução de seu pedido de extradição para o Brasil.
Ela e o invasor cibernético Walter Delgatti Neto foram condenados por pirataria informática e falsa representação.
A legisladora também pode perder seu mandato, decisão que está atualmente em revisão na Câmara dos Deputados.
A deputada foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal a 10 anos de prisão por sua participação no hackeamento do sistema do Conselho Nacional de Justiça, com a ajuda de Delgatti Neto.
De acordo com a acusação, Zambelli contratou os serviços de um hacker e prometeu-lhe trabalho.
O Ministério Público Federal cita um relatório da Polícia Federal que confirmou que o hacker “trabalhava para a ré (Zambelli) e, vale ressaltar, tinha acesso a informações em sites e servidores associados à parlamentar”.
A denúncia alega que o pagamento foi oculto, ou seja, escondido, em uma tentativa de encobrir a relação, e realizado por meio de um terceiro: um funcionário do escritório de Zambelli, que não foi acusado no caso.
A deputada e o hacker também deverão pagar uma indenização de dois milhões de reais (cerca de 345 mil dólares) por danos morais e coletivos.
Além disso, em agosto, já detida na Itália, a congressista foi novamente punida por posse ilegal de arma de fogo e coação ilícita.
Seu processo de extradição continua pendente na justiça italiana, que decidiu mantê-la em prisão preventiva enquanto o caso é analisado.
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