O tribunal eleitoral considerou válido o anúncio do grupo autodenominado Tacuara, que divulgou em fóruns especializados e redes sociais o ataque pelo qual acessou mais de 620 mil registros, incluindo dados de identificação e credenciais civis de cidadãos uruguaios.
A primeira reação do Tribunal foi questionar a violação, mas posteriormente confirmou a invasão em sua plataforma de procedimentos online.
“Informamos à opinião pública que foram tomadas as medidas pertinentes para determinar seu alcance e limitar eventuais danos, bem como para reforçar a segurança que evite uma possível repetição” do ataque cibernético, disse um comunicado.
O texto relatou a denúncia “perante as autoridades competentes para os efeitos que possam corresponder e restabelecer imediatamente o pleno funcionamento dos serviços e procedimentos, garantindo assim o cumprimento adequado da regulamentação vigente e aplicável em todos os casos”, indicou o comunicado.
Em julho passado, a Tacuara se responsabilizou pela divulgação de informações obtidas ilegalmente da Agência de Governo Eletrônico e Sociedade da Informação e do Conhecimento (Agesic).
A fuga de informação incluiu nomes completos, números de identificação, números de telemóvel e dados sobre vacinação.
Em março deste ano, o Tacuara vazou um lote de dados da Direção Nacional de Migrações, expondo 14.877 formulários de solicitação de visto.
Bancos de dados dos ministérios do Desenvolvimento Social e do Trabalho e Previdência Social também foram roubados por esse grupo de hackers.
Com esses antecedentes, Tacuara se posiciona como um dos atores mais ativos nos recentes ataques cibernéticos contra órgãos estatais no Uruguai.
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