Terça-feira, Setembro 23, 2025
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FMI apoia esforços de Honduras para reduzir isenções fiscais

Tegucigalpa, 22 de setembro (Prensa Latina) O Fundo Monetário Internacional (FMI) reafirmou hoje seu apoio aos esforços do governo hondurenho para reduzir as isenções fiscais, considerando-as elevadas em comparação com outros países da região.

Essa posição foi expressa em um comunicado divulgado em Tegucigalpa por Emilio Fernández, chefe da missão do FMI, que desde 16 de setembro realiza a quarta revisão do acordo trienal assinado por este país centro-americano com a instituição financeira, que expira em setembro de 2023.

“A implementação contínua das políticas estruturais acordadas no âmbito do programa apoiado pelo Fundo, incluindo ações adicionais para criar espaço fiscal para apoiar o investimento público e os gastos sociais necessários, é fundamental”, enfatizou a organização.

Em seu comunicado à imprensa, a organização internacional afirmou que “continua reconhecendo a importância das ações para reduzir as isenções fiscais, que são elevadas em comparação com outros países da região”.

Acrescentou que, olhando para o futuro, também continua priorizando o trabalho com todas as partes interessadas relevantes, com vistas à “avaliação do Grupo de Ação Financeira Internacional (GAFI) de 2026”, enfatizou.

Dessa forma, o FMI respondeu ao que o Ministro da Fazenda, Christian Duarte, descreveu nesta segunda-feira como uma campanha maliciosa promovida pelo Conselho Hondurenho de Empresas Privadas (COHEP), defendendo os privilégios “das 10 famílias e dos 25 grupos econômicos”, denunciou.

A posição da organização multilateral contrasta com a narrativa propagada desde a última sexta-feira pela mídia corporativa de que o FMI havia retirado seu apoio ao Projeto de Lei de Justiça Tributária (TLB) promovido pelo governo da presidente Xiomara Castro.

Esta legislação, bloqueada desde 2023 pela oposição parlamentar de direita, continua sendo um pilar do programa do Fundo, conforme consta no texto do Memorando, enfatizou Duarte.

O Ministro da Fazenda considerou irresponsável a campanha de desinformação orquestrada pela principal associação patronal de Honduras.

“Lamentamos que a Cohep defenda apenas os interesses dos 25 grupos econômicos das 10 famílias, que não pagam impostos, em vez de defender os interesses das empresas privadas que pagam impostos”, enfatizou.

Além de expressar seu apoio à progressividade do sistema tributário, o FMI elogiou as políticas econômicas implementadas pelo governo progressista de Castro.

Na opinião da instituição sediada em Washington, essas ações “promoveram com sucesso a estabilidade macroeconômica em meio à prudência fiscal e a uma acumulação saudável de reservas internacionais”.

Para Mariana Ríos, Diretora Executiva do Serviço de Administração Tributária, fica claro que não apenas o Fundo reconhece a importância da LJT, mas também outras importantes organizações internacionais.

“O mesmo acontece com o setor privado não privilegiado e com o povo de Honduras, que aguardam ansiosamente esta e outras políticas que democratizem os benefícios da atividade econômica do país”, afirmou Ríos.

jha/edu/glmv

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