A mídia europeia, como a Preferente, também divulgou essas decisões, que chamaram a atenção de analistas e operadores turísticos europeus. A Brussels Airlines, a Austrian, a Swiss e a ITA, as quatro filiais da Lufthansa localizadas no exterior, além da alemã Eurowings e algumas outras menores, perderão praticamente toda a sua capacidade de decisão nos próximos meses, embora não percam sua marca.
Isso se deve a um plano lançado pela sede em Frankfurt (a Lufthansa aumentará para 90% seu controle sobre a italiana ITA). A partir de 1º de janeiro do próximo ano, as principais funções das companhias aéreas serão centralizadas na Alemanha, com o objetivo de melhorar os lucros. A gestão de todos os voos de curta e média distância será realizada pela sede, o que já vem ocorrendo com os voos de longa distância por razões mais compreensíveis. A gestão comercial e de produtos também será transferida para o grupo, conforme anunciado pela Lufthansa.
Todo o processo de tomada de decisões, da mesma forma, passa para a Alemanha, nas mãos de quatro grupos de gestão responsáveis, respectivamente, por hubs, tecnologia, recursos humanos e finanças, cada um deles sob o comando de um membro do Conselho de Administração da Lufthansa.
Tanto Bruxelas como Viena, Roma e Zurique passam a ser terminais executores das decisões de Frankfurt. Na realidade, tratar-se-á de uma única companhia aérea, mas com várias libras e marcas, mas uma única direção.
O modelo é praticamente o oposto do que é aplicado atualmente pelo grupo IAG, no qual as decisões são muito descentralizadas e, inclusive, a matriz está hoje nas mãos de um executivo proveniente da filial espanhola.
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