O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Lin Jian, respondeu durante uma coletiva de imprensa regular a perguntas sobre reportagens publicadas no The Economist e no The New York Times.
Esses veículos de comunicação documentaram como a política agressiva de pressão dos EUA contra a América Latina produziu poucos resultados em sua tentativa de reduzir os laços regionais com a China.
“Isso prova que práticas de coerção, intimidação e dominação carecem de apoio popular e são cada vez mais impraticáveis”, afirmou o porta-voz oficial.
Lin Jian enfatizou que a China e a América Latina são “bons amigos e parceiros” que cooperam com base na “igualdade, benefício mútuo e desenvolvimento conjunto”.
O porta-voz chinês enfatizou que a região da América Latina e do Caribe “não é o quintal de ninguém” e tem o direito de escolher seus caminhos de desenvolvimento e parceiros cooperativos.
A China acolhe com satisfação o fato de todos os países estarem desenvolvendo relações de cooperação amistosas com as nações latino-americanas baseadas na igualdade e no respeito, expressou o diplomata.
Lin Jian aconselhou os Estados Unidos a cessarem a coerção sobre os países latino-americanos para que tomem partido e parem de interferir em seus assuntos internos.
“Qualquer tentativa de sabotar as relações amistosas entre a China e a América Latina, ou obstruir a cooperação mutuamente benéfica, não terá sucesso”, afirmou o porta-voz.
Em entrevista recente à Prensa Latina, o Ministro das Relações Exteriores cubano, Bruno Rodríguez, enfatizou a importância de Beijing como parceiro comercial e de investimentos para a região, visto que essa aproximação ocorre de forma diferente da do imperialismo norte-americano.
“Esta é uma relação baseada no direito internacional, na complementaridade, no benefício mútuo e no desenvolvimento sustentável, com absoluta consideração e respeito pela nossa cultura e pela nossa independência”, acrescentou.
Na opinião de Rodríguez, a América Latina e o Caribe precisam diversificar suas relações internacionais e se integrar melhor ao Sul global, enquanto o gigante asiático consolida sua posição como um país importante e um ator internacional relevante.
“Em um momento em que os Estados Unidos tentam reviver a Doutrina Monroe ou Destino Manifesto, nossa região encontra um parceiro claro na China”, observou.
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