Faure exigiu “o fim dos golpes brutais, a contribuição das grandes fortunas, o aumento do poder aquisitivo e uma verdadeira transição ecológica”, antes de seu encontro nesta quarta-feira com Lecornu, que em seu oitavo dia no cargo continua as reuniões com atores políticos e sociais.
O primeiro-ministro, nomeado pelo presidente Emmanuel Macron na terça-feira passada, após a destituição de François Bayrou, dialogará durante o dia com os socialistas e outras forças da esquerda, bem como com a Agrupación Nacional (extrema direita), partidos que, apesar de suas diferenças ideológicas, se uniram para derrubar os dois últimos governos.
Dos principais partidos do país, apenas La France Insoumise descartou se reunir com Lecornu, cuja posição é frágil diante do domínio da oposição na Assembleia Nacional.
O chefe do governo recebeu a missão prioritária de elaborar um novo orçamento para 2026, após o fracasso do apresentado em julho por Bayrou, plano acusado de austeridade.
Várias fontes atribuem a Macron o objetivo de convencer os socialistas a não participarem de uma eventual moção de censura ao primeiro-ministro e aliado do presidente da República.
Faure insistiu que não haverá negociações, a menos que as exigências sejam atendidas.
As consultas do primeiro-ministro de hoje serão realizadas às vésperas de um novo dia de protestos contra as políticas econômicas do governo, desta vez convocado pela Intersindical.
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