Em declarações à imprensa, o funcionário explicou e mostrou imagens da viagem da lancha quadrimotora capturada por membros da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB), em uma operação liderada por uma capitã, que durou mais de 20 horas.
“A FANB, em perfeita fusão popular, agiu quando uma força militar-policial se aproximou da lancha. Eles foram avisados e inicialmente ignoraram, depois pararam e se renderam”, afirmou.
O operador dos 100 sacos de drogas apreendidos é Levi Enrique López Vázquez, que tem laços estreitos com um cidadão que opera na região colombiana de Guajira, de onde a droga apreendida era originária, conforme identificado pelo GPS do barco, informou.
Cabello revelou que López é agente da Agência Antidrogas (DEA) e foi quem organizou a operação de bandeira falsa contra a Venezuela, segundo os quatro detidos, acrescentou.
Vale ressaltar, observou, que os cidadãos capturados tinham seus documentos de identidade “prontos para serem entregues” e foram colocados à disposição do Ministério Público e dos órgãos competentes.
O Vice-Presidente de Política, Segurança Cidadã e Paz afirmou que se tratou de uma “operação limpa, transparente e clara, com resultados”.
“É assim que se conduz uma operação quando se quer provar um fato, não bombardeando um barco sem provas”, afirmou.
Observou que os responsáveis foram identificados. “Não os matamos porque somos um governo responsável com operações antidrogas comprovadamente eficazes”, o que levou à apreensão de 60 toneladas de drogas este ano, acrescentou.
O Secretário-Geral do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUDV) disse ter visto “muitas coisas hoje em dia que fazem pensar”, pois não é segredo que a Colômbia é o maior produtor de drogas do mundo e o único presidente com uma política de combate às drogas é o presidente Gustavo Petro.
Ele enfatizou que o narcotráfico financiou os demais líderes do país colombiano e “eles até ameaçam Petro”.
Referindo-se ao destacamento militar dos Estados Unidos em águas caribenhas, com oito navios de guerra, um submarino nuclear e mais de 4 mil soldados, Cabello comentou que, segundo especialistas, a operação custa mais de US$ 10 milhões por dia.
Ele afirmou que não é lucrativo para a Revolução Bolivariana transportar suas drogas pela Venezuela — que dados oficiais estimam em 5% —, mas sim para aqueles que ofereceram trânsito pela Venezuela, referindo-se a grupos de oposição, como já afirmou em outras ocasiões.
Ele denunciou que Washington tem um plano diferente do combate ao narcotráfico, que tem a ver com a mudança de regime na Venezuela, e “eles estão nos acusando”.
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