Pelo menos 226.800 salvadorenhos emigraram na última década, de acordo com o Censo 2024 citado pelo jornal El Mundo, em um relatório que especifica que sete em cada dez pessoas com idades entre 15 e 34 anos abandonaram o país.
Os Estados Unidos foram o principal destino dos que partiram para residir no exterior, com 194.849 pessoas, de acordo com declarações de familiares no VII Censo de População e VI de Habitação 2024, publicado pelo Banco Central de Reserva (BCR).
As estatísticas citadas mostram que 66% têm entre 15 e 34 anos, enquanto pouco mais da metade dos salvadorenhos que emigraram, 55,5%, são homens.
As principais causas do êxodo foram identificadas como procura de emprego, casamento ou acompanhamento, reunião com a família, oferta de emprego, estudos, insegurança ou violência, desastres naturais, deportação ou outra causa.
Entre elas, a busca por emprego destacou-se com 57%, seguida pela reunião familiar, com 15%, insegurança, com 14%, estudos, com 5%, e casamento, com 4%.
O jornal El Mundo citou um estudo do centro americano Pew Research que afirma que dados de 2023 mostram que pelo menos 850 mil salvadorenhos residem ilegalmente nos Estados Unidos.
Na véspera, em uma mensagem à nação, o presidente Nayib Bukele defendeu o fortalecimento do desenvolvimento do país por meio da educação de crianças e jovens, o que deve influenciar no futuro para que haja menos imigrantes, segundo especialistas.
“Devemos demonstrar que podemos construir uma sociedade melhor com nosso próprio modelo”, enfatizou o presidente.
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