Eles emitiram uma declaração ao Conselho Presidencial de Transição lembrando que a organização foi criada para preparar um referendo constitucional e as eleições gerais.
No entanto, nenhuma dessas duas tarefas — na opinião dos ex-primeiros-ministros — poderá ser concretizada antes do prazo final de 7 de fevereiro de 2026.
Eles alertaram que o Haiti corre o risco de ficar sem autoridades com um mínimo de legitimidade, agravando a já crônica instabilidade política.
Se isso acontecer, seria um grande perigo para a continuidade do Estado e a coesão nacional, sublinharam os membros do grupo citado pelo jornal Le Nouvelliste.
O documento reflete a situação atual do país, oprimido pela insegurança generalizada, paralisação das atividades, colapso econômico e precariedade generalizada.
Os ex-primeiros-ministros propuseram a convocação urgente de uma conferência nacional inclusiva, em conformidade com o artigo 136 da Constituição.
“Esta reunião deve reunir as principais forças do país: partidos políticos, igrejas, setor privado, organizações juvenis e femininas, associações camponesas, sociedade civil e estruturas da diáspora”, indicava o documento.
O objetivo seria construir uma agenda realista para o Haiti, levando em conta as resoluções internacionais, mas colocando em primeiro lugar a vontade soberana do povo.
Essa conferência deve dar prioridade ao restabelecimento da segurança, à preparação de eleições confiáveis, à estabilização institucional, à recuperação econômica e à melhoria das condições de vida dos cidadãos.
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