Segunda-feira, Setembro 15, 2025
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China rejeita coerção econômica dos EUA por comércio com a Rússia

Beijing, 15 set (Prensa Latina) A China classificou hoje como “intimidação econômica típica” a pressão dos Estados Unidos para que os membros do G7 e da OTAN imponham tarifas contra Beijing por seu comércio energético com a Rússia.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Lin Jian, afirmou que a cooperação econômica da China com todos os países, incluindo Moscou, é “legal e legítima”. “Os fatos demonstram que a coerção e a pressão são impopulares e não resolvem os problemas”, afirmou o porta-voz em coletiva de imprensa regular.

Lin Jian ressaltou que a posição da China sobre a crise ucraniana é “consistente e clara”, ao mesmo tempo em que reiterou a defesa do diálogo e da negociação como “única solução viável”.

O porta-voz reiterou a oposição de Beijing às sanções unilaterais ilegais e à jurisdição extraterritorial contra o país.

“Se os direitos e interesses legítimos da China forem prejudicados, nos oporemos resolutamente e salvaguardaremos firmemente nossa soberania, segurança e interesses de desenvolvimento”, afirmou.

Desde o início do conflito, a China mantém uma posição neutra e tem promovido ativamente a paz por meio de iniciativas diplomáticas, em contraste com as medidas coercitivas do Ocidente.

O Ministério das Relações Exteriores do gigante asiático afirmou em várias ocasiões que o comércio entre empresas russas e chinesas responde aos princípios do mercado e está alinhado com as normas da Organização Mundial do Comércio.

“As relações comerciais normais entre a Rússia e a China não são dirigidas contra terceiros países e não devem ser prejudicadas”, afirmou Beijinig.

O governo chinês enfatizou ainda que atualmente a maioria dos países do mundo, incluindo os Estados Unidos e a Europa, mantém relações comerciais com Moscou.

Por outro lado, recentemente, a petrolífera russa Rosneft assinou um acordo para aumentar em 2,5 milhões de toneladas anuais o fornecimento de petróleo bruto à China, anunciou o ministro da Energia da Rússia, Serguéi Tsiviliov.

No início de maio passado, Moscou deu luz verde para aumentar de 10 para 12,5 milhões de toneladas anuais o volume máximo de petróleo bruto que pode ser enviado às refinarias do oeste da China, através do Cazaquistão. O prazo para esses fornecimentos foi prorrogado até o ano de 2034.

ro/idm/bm

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