A campanha de guerra tem consequências devastadoras para elas, já traumatizadas e exaustas por quase dois anos de guerra implacável, alertou o Diretor Regional do UNICEF para o Oriente Médio e Norte da África, Edouard Beigbeder, em um comunicado.
“Estamos alertando para uma catástrofe iminente à medida que a operação militar se expande”, enfatizou.
“Com abrigos e serviços limitados ou inexistentes, a escalada em curso está resultando em baixas civis desproporcionais”, enfatizou. O funcionário condenou o uso de armas explosivas em áreas densamente povoadas como a Cidade de Gaza, observando que isso causa danos devastadores, mortes e mutilações de civis, incluindo crianças, além da destruição de casas, escolas e sistemas vitais de abastecimento de água.
A ONU já declarou estado de fome naquela cidade, onde mais de 10.000 crianças sofrem de desnutrição aguda, lamentou.
Beigbeder alertou para os riscos à vida de bebês prematuros em incubadoras, crianças feridas em unidades de terapia intensiva ou crianças com deficiência, que precisam ser evacuadas com segurança em meio à violência em curso.
“O direito internacional é claro: as crianças devem ser sempre protegidas, juntamente com os serviços dos quais dependem”, afirmou.
Diante dessa situação, ele apelou a Israel para que cumpra suas obrigações legais e instou a comunidade internacional a agir imediatamente para evitar um novo desastre.
Nesse sentido, ele apelou a um cessar-fogo “para pôr fim aos assassinatos e mutilações” e às violações dos direitos das crianças, bem como ao acesso humanitário seguro e irrestrito à Faixa de Gaza para permitir a entrada de suprimentos essenciais, como água, alimentos, medicamentos e combustível.
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