O número daqueles que lutam para colocar comida na mesa (14% da população), em agosto passado, deve permanecer estável até janeiro de 2026, de acordo com a secretaria presidencial responsável pelo tema.
A previsão da Classificação Integrada de Fases de Segurança Alimentar (IPC) detalhou que pelo menos 2,4 milhões estariam na Fase 3, ou crise alimentar, e outros 185.000 na Fase 4, ou emergência alimentar.
Apesar da redução do flagelo, ele observou que, de maio a agosto, houve 400 mil pessoas a mais em crise (fase três) em comparação com 2024, especialmente em departamentos com extrema pobreza e acesso limitado a serviços.
Ele citou como causa o fenômeno El Niño, que afetou 106 municípios (de 340), com danos a mais de 50 mil hectares de cultivos e impacto no abastecimento alimentar de 105 mil famílias, principalmente em Alta Verapaz, Izabal e Jalapa.
Esse fenômeno elevou os preços dos grãos básicos (milho em 21,42% e feijão preto em 20,69%), além de aumentar a Cesta Básica Urbana e Rural em 8% entre janeiro e junho deste ano, acrescentou.
Três dos 22 departamentos deste território centro-americano, segundo projeções, permanecerão na fase três (crise): Alta Verapaz (norte), Quiché (oeste) e Suchitepéquez (sul), enquanto os 19 restantes são classificados como fase dois ou acentuada.
A análise do Ministério da Segurança Alimentar e Nutricional explicou que a redução se deve ao comportamento cíclico, já que durante esses meses as reservas de alimentos costumam ser repostas graças à primeira colheita de grãos básicos, favorecida pelas chuvas sazonais.
O ICF sugeriu que o Ministério da Saúde continue monitorando a situação epidemiológica relacionada à morbidade e mortalidade por desnutrição aguda.
Instou o Ministério da Agricultura, Pecuária e Alimentação a ampliar a cobertura de assistência alimentar às famílias em situação de vulnerabilidade.
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