Youssouf, ao discursar na inauguração da Segunda Cúpula África-Caricom (Comunidade do Caribe), pediu também o desmantelamento da injustiça estrutural e sistémica.
Ele destacou a importância do encontro, descrevendo-o como um «momento decisivo» e um «ponto de inflexão» para a aspiração coletiva.
Ele enfatizou que a luta pela justiça reparadora não se trata apenas de abordar os erros do passado, mas de construir um futuro mais justo e equitativo.
Na sua opinião, os historiadores deixarão sem dúvida registado que, a partir de Adis Abeba, a África e o Caribe renovaram o seu compromisso de honrar os seus antepassados, exaltar os descendentes e reivindicar um destino comum em liberdade, justiça e unidade.
Por outro lado, reafirmou a posição firme da UA a este respeito. «A União Africana apoia com orgulho e firmeza os nossos irmãos e irmãs caribenhos em cada passo rumo à justiça reparadora».
Ao recordar o tema deste ano da organização continental «Justiça para os africanos e afrodescendentes através de reparações», sublinhou que a posição firme com os seus homólogos caribenhos marca um novo capítulo no movimento global de reparações.
Durante décadas, ele precisou que a Caricom, por meio de sua Comissão de Reparações, está na vanguarda da defesa dos direitos humanos, liderando o caminho com seu Plano de Dez Pontos para a Justiça Reparadora.
A adoção formal das reparações pela UA como projeto emblemático e a sua colaboração direta com essa comunidade caribenha sinalizam um esforço transcontinental unificado para buscar justiça a nível global, afirmou.
Chefes de Estado e de Governo africanos e caribenhos, bem como a diáspora africana global, participam na cúpula para fortalecer a unidade, aprofundar a integração e buscar conjuntamente reparações por meio de um quadro integral de parceria transcontinental.
«Parceria transcontinental em busca de justiça reparadora para africanos e afrodescendentes por meio de reparações» é o tema central do encontro realizado na sede da União Africana.
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