O jornalista foi identificado em uma reportagem como o autor do uso de programas digitais que disseminam discurso de ódio e buscam desacreditar os candidatos de La Moneda nas eleições de 16 de novembro.
Alvos frequentes desses ataques são Evelyn Matthei, da tradicional coalizão de direita Chile Vamos, e Jeannette Jara, da coalizão governista de partidos de esquerda, progressistas e social-democratas, além da Democrata Cristã.
De acordo com a reportagem divulgada pela Chilevisión, Góngora operava uma rede de bots por meio da conta “Patitoo_Verde”, supostamente vinculada ao candidato presidencial José Antonio Kast, do extremista Partido Republicano.
A esse respeito, o ex-diretor do Canal 13 afirmou que os investigadores “optaram por acreditar em uma fonte anônima e especular com uma série de meias-verdades”.
Ele acrescentou que, para evitar que essa situação afetasse a equipe do veículo, optou por renunciar.
A emissora confirmou a saída de Góngora e reafirmou “seu compromisso com o jornalismo independente e respeitável”.
Enquanto isso, a indignação com essa situação continua em todo o espectro político chileno, e a deputada Ximena Ossandón, do partido conservador Renovação Nacional, juntou-se às críticas aos que comandam as campanhas sujas.
“Se eu, como pessoa, não consigo me identificar ao expressar minha opinião em uma rede social, significa que estou em maus lençóis”, disse ele.
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