Quarta-feira, Setembro 03, 2025
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Audiência no Equador definirá acusações pelo crime de Villavicencio

Quito, 3 set (Prensa Latina) O Ministério Público do Equador pretende hoje formular acusações contra quatro pessoas apontadas como supostos autores intelectuais do assassinato, em 2023, do então candidato presidencial Fernando Villavicencio.

A audiência judicial está marcada para esta quarta-feira, após ter sido suspensa no dia 26 de agosto devido ao fato de o advogado de um dos acusados ter apresentado um atestado médico.

Dois anos após o crime, os réus serão o ex-deputado Ronny Aleaga, Xavier Jordán, Daniel Salcedo e o ex-ministro do Interior José Serrano.

“Este pedido baseia-se em uma investigação minuciosa realizada pelo Ministério Público, apoiada em elementos de convicção sólidos que permitem presumir a participação dessas pessoas como autores intelectuais”, indicou a instituição em um comunicado.

Villavicencio, de 59 anos, era candidato à presidência pelo movimento Construye nas eleições extraordinárias de 2023.

Em 9 de agosto daquele ano, ele foi morto a tiros após sair de um comício de campanha no norte de Quito.

A investigação do assassinato já resultou na condenação de cinco réus, mas até agora não havia sido apontado nenhum possível autor intelectual.

Entre os mencionados pela Procuradoria está Daniel Salcedo, envolvido no chamado caso Metástasis, que decidiu colaborar com a justiça após um ataque sofrido na prisão.

Enquanto isso, Serrano, ex-ministro do correísmo e crítico do atual governo, bem como da gestão da crise de segurança, está atualmente detido em um centro de imigração nos Estados Unidos, aguardando uma audiência.

De Aleaga, ex-legislador da Revolução Cidadã também processado no caso Metástasis, não se sabe o paradeiro, enquanto Jordán, ligado ao mesmo caso, encontra-se em território norte-americano e afirmou em sua conta na rede X que a nova acusação faz parte da perseguição contra ele.

O crime contra Villavicencio chocou o país poucos dias antes das eleições extraordinárias de 2023 e, em abril deste ano, a viúva do político, Verónica Sarauz, denunciou que a então procuradora-geral, Diana Salazar, a pressionou para acusar o correísmo pelo assassinato.

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