Em discurso na noite passada, durante a cerimônia que marcou o 46º aniversário da fundação do Exército da Nicarágua, o presidente afirmou que Washington usa essas ações para intimidar países.
“Eles fazem isso para intimidar governos latino-americanos, fazem isso para intimidar o povo e tentar derrubar governos”, afirmou Ortega no evento, que também contou com a presença da copresidente Rosario Murillo.
Diante de oficiais, soldados, corpo diplomático e outros convidados reunidos na Praça La Fe, na capital nicaraguense, o líder sandinista comentou que tais ações são uma forma de os Estados Unidos “mostrar que são duros”.
Ortega referiu-se aos argumentos dos EUA para a realização deste destacamento naval, alegando combater o narcotráfico, e comentou que o governo sandinista os rejeita.
Nesse sentido, enfatizou que o governo nicaraguense, apesar de ter mais capital do que qualquer outro, não tem capacidade para coibir o uso de drogas nos Estados Unidos.
O líder nicaraguense descreveu a presença de navios de guerra, aviões e soldados em águas caribenhas para ameaçar a Revolução Bolivariana e o presidente Nicolás Maduro como palhaçada e teatro.
Espero que percebam que o que estão fazendo está gerando uma opinião negativa na América Latina, afirmou Ortega, reiterando sua solidariedade ao líder venezuelano e seu povo, a quem descreveu como heroicos e corajosos.
Acrescentou que, enquanto esses eventos ocorrem, o governo da Casa Branca continua expulsando migrantes de vários países latino-americanos e caribenhos residentes nos Estados Unidos.
Em outro momento de seu discurso, o presidente afirmou que Washington quer pôr fim às revoluções na Venezuela, Cuba e Nicarágua, bem como a qualquer movimento que tenha dignidade e defenda a soberania e a paz.
Dirigindo-se aos membros do Exército, Ortega enfatizou a importância de lutar pela paz, pois isso é defender a segurança, a independência e a autonomia da Nicarágua.
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