Terça-feira, Setembro 02, 2025
NOTÍCIA

Etiópia reiterou o uso correto do rio Nilo para barragem hidrelétrica

Adis Abeba, 2 set (Prensa Latina) O primeiro-ministro Abiy Ahmed reiterou que o uso pela Etiópia de uma parte do rio Nilo através da Grande Barragem da Renascença (GERD) não é incorreto nem ilegal, destacou hoje a Fana Media Corporation.

Ahmed, em diálogo com seu assessor de Assuntos Sociais, Daniel Kibret, explicou que o projeto não retira água permanentemente dos países a jusante.

“Não é que tenhamos tirado algo que pertence a outros”, afirmou, acrescentando que a GERD contém atualmente 74 bilhões de metros cúbicos de água, enquanto continua liberando vazões rio abaixo por meio de turbinas e vertedouros.

Ele observou que alguns observadores externos acusaram falsamente a Etiópia de restringir o precioso líquido, apesar de a barragem ter sido projetada para gerenciar os fluxos de forma adequada e responsável. “Mesmo que retivéssemos mais água do que o previsto, a barragem não poderia impedir o curso do rio”, afirmou.

Também esclareceu que o rio se chama Abbay no território nacional e só se torna o Nilo depois de chegar a Cartum, no Sudão.

O chefe do governo etíope reiterou que o objetivo do projeto hidrelétrico é a geração de energia e a liberação regulada de água, não impedir ou reduzir o fluxo do rio para as nações a jusante.

Sobre o caudal histórico do afluente, ele garantiu que ele não parou de fluir durante milhares de anos e que é natural que a Etiópia utilize uma pequena parte de seus recursos.

Nesse sentido, anunciou a futura construção de várias barragens ao longo do rio Abbay para produzir energia, garantindo ao mesmo tempo o respeito pelos direitos dos habitantes a jusante.

Quando a barragem for aberta ao público, os etíopes poderão testemunhar em primeira mão a gestão cuidadosa do recurso natural e compreender o objetivo do projeto, concluiu.

mem/nmr/bm

RELACIONADAS

Edicão Portuguesa