Ahmed, em diálogo com seu assessor de Assuntos Sociais, Daniel Kibret, explicou que o projeto não retira água permanentemente dos países a jusante.
“Não é que tenhamos tirado algo que pertence a outros”, afirmou, acrescentando que a GERD contém atualmente 74 bilhões de metros cúbicos de água, enquanto continua liberando vazões rio abaixo por meio de turbinas e vertedouros.
Ele observou que alguns observadores externos acusaram falsamente a Etiópia de restringir o precioso líquido, apesar de a barragem ter sido projetada para gerenciar os fluxos de forma adequada e responsável. “Mesmo que retivéssemos mais água do que o previsto, a barragem não poderia impedir o curso do rio”, afirmou.
Também esclareceu que o rio se chama Abbay no território nacional e só se torna o Nilo depois de chegar a Cartum, no Sudão.
O chefe do governo etíope reiterou que o objetivo do projeto hidrelétrico é a geração de energia e a liberação regulada de água, não impedir ou reduzir o fluxo do rio para as nações a jusante.
Sobre o caudal histórico do afluente, ele garantiu que ele não parou de fluir durante milhares de anos e que é natural que a Etiópia utilize uma pequena parte de seus recursos.
Nesse sentido, anunciou a futura construção de várias barragens ao longo do rio Abbay para produzir energia, garantindo ao mesmo tempo o respeito pelos direitos dos habitantes a jusante.
Quando a barragem for aberta ao público, os etíopes poderão testemunhar em primeira mão a gestão cuidadosa do recurso natural e compreender o objetivo do projeto, concluiu.
mem/nmr/bm