Ao intervir na plenária do fórum, o embaixador da ilha na ONU-Genebra, Rofolfo Benítez, considerou a mobilização de navios de guerra e outras armas uma demonstração de força perigosa e agressiva, que atenta contra a soberania e à autodeterminação dos povos da América Latina e do Caribe.
Nesse sentido, ele denunciou a postura de Washington como uma medida que ignora o compromisso dos 33 países membros da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) com a coexistência pacífica, ratificado em 2014 em Havana, onde declararam a região uma Zona de Paz.
O diplomata também condenou as acusações dos Estados Unidos de ligações com o narcotráfico contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, utilizadas pela Casa Branca e pelo Departamento de Estado para justificar o envio de tropas.
Trata-se de um pretexto absurdo e ridículo que carece de fundamento, advertiu.
De acordo com Benítez, “ninguém com um mínimo de bom senso e honestidade concebe que a magnitude das tropas, da tecnologia militar, dos meios aéreos e navais, incluindo submarinos nucleares, e do potencial de fogo que os Estados Unidos estão desdobrando em uma zona pacífica como o Caribe, realmente tenha como objetivo declarado” combater o narcotráfico.
Cuba pediu a Conferência de Desarmamento a exigir que Washington ponha fim à sua escalada militar no Caribe e às suas ações hostis contra a Venezuela.
Aceitar essa operação militar desproporcional e perigosa ou permanecer em silêncio abriria um precedente extremamente grave, enfatizou.
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