Somente nos departamentos meridionais de Bocas del Ródano e Var, o retorno às aulas nas escolas e colégios terá que esperar um pouco, devido à decisão das autoridades locais de adiá-lo por causa das ameaças de tempestade que pairam sobre a região mediterrânea.
Entre os desafios, a ministra da Educação, Élisabeth Borne, reconheceu que faltam cerca de 2.500 professores, esclarecendo na rede RTL esta manhã que “são menos do que no ano passado”.
A ministra pediu apoio aos professores substitutos e destacou as medidas tomadas nas últimas semanas para que cada aluno tenha um professor.
Uma das novidades do ano letivo de 2025-2026 é a aplicação de um programa de ensino sobre a vida afetiva e sexual (Evars), que levou mais de duas décadas para se concretizar devido às posições conflitantes e às críticas dos setores conservadores e da Igreja.
O objetivo da iniciativa é preparar a população desde tenra idade para o conhecimento do corpo, das emoções, das relações, da sexualidade, do consentimento e da violência, respeitando as diferenças de idade e o momento propício para abordar o assunto.
De acordo com várias análises, o sistema educacional deve estar atento a eventuais contraofensivas para sabotar o programa, acusado por alguns de “ir longe demais”.
O ensino não escapa, logicamente, do complexo panorama político francês, em uma semana decisiva para o plano orçamentário do Estado para 2026, que pode naufragar se, em 8 de setembro, a oposição cumprir sua decisão de negar confiança ao primeiro-ministro, François Bayrou, que cairia junto com seu gabinete.
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