Desde que as Nações Unidas declararam a fome nesse enclave costeiro, em 22 de agosto, 61 pessoas perderam a vida por essa causa, entre elas nove crianças, destacaram as fontes, citadas pela agência oficial de notícias Wafa.
A Classificação Integrada de Segurança Alimentar em Fases, que classifica a gravidade das situações de segurança alimentar por meio de uma escala, indicou que mais de meio milhão de pessoas na Faixa enfrentam condições catastróficas.
Recentemente, a ONU alertou que a vida dos habitantes de Gaza está em perigo após “quase dois anos de conflito, deslocamentos sistemáticos e restrições severas ao acesso humanitário, agravados por interrupções e obstáculos recorrentes ao acesso a alimentos, água, assistência médica, apoio à agricultura, pecuária e pesca, e o colapso dos sistemas de saúde e saneamento”.
De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância, em julho, o número de famílias que declararam sofrer de fome muito grave dobrou em todo o território em comparação com maio e triplicou com folga na cidade de Gaza.
Trinta e nove por cento das pessoas indicaram que passavam dias sem comer, e os adultos pulam refeições regularmente para alimentar seus filhos, alertou.
A desnutrição infantil em Gaza está se acelerando a um ritmo catastrófico. Somente em julho, mais de 12 mil crianças foram identificadas como gravemente desnutridas, o número mensal mais alto já registrado e seis vezes superior ao do início do ano, destacou.
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