A propósito da data, o chanceler lembrou que a nação caribenha tem sido vítima de terrorismo de Estado e de atos organizados, financiados e executados pelos Estados Unidos, com 3.478 mortos e 2.099 feridos e incapacitados.
As operações secretas de Washington começaram em 1959 e, desde então, milhares de atos de sabotagem foram organizados, executados e financiados.
Estes incluem ataques econômicos, militares, biológicos, psicológicos, diplomáticos, midiáticos e de espionagem, bem como tentativas de assassinato de líderes. Soma-se a isso a intensificação sistemática do bloqueio de sessenta anos imposto ao país, mesmo em meio à pandemia de COVID-19, o que reforça seu caráter genocida.
Alguns exemplos dessa política incluem a explosão em pleno voo de um avião da Cubana de Aviación com 73 pessoas a bordo, após um atentado a bomba orquestrado em 1976 pelos notórios terroristas Luis Posada Carriles (1928-2018) e Orlando Bosch (1926-2011), a serviço da Agência Central de Inteligência (CIA). Conhecido como Crime de Barbados, o incidente custou a vida de 24 membros da equipe juvenil de esgrima, que retornavam ao seu país após competirem com sucesso no 4º Campeonato Centro-Americano e Caribenho de Esgrima, realizado na Venezuela. Um total de 57 cubanos, 11 guianenses e cinco coreanos morreram.
O Dia Internacional de Comemoração e Homenagem às Vítimas do Terrorismo, proclamado em 2017 pela Assembleia Geral das Nações Unidas, convida-nos a ouvir as vozes dos sobreviventes desses atos e as suas experiências, a fim de gerar mudanças positivas.
mem/mks/bm
