Eles se identificam nessa plataforma virtual com o nome de ArtistasPorPalestinaUY, e se definem como expoentes da cultura “unidos por sua indignação ante o genocídio sofrido pela Palestina diante de uma indiferença atroz”.
O perfil do coletivo apresenta imagens fortes, incluindo a de diferentes artistas carregando corpos enrolados em cobertores brancos junto com a declaração “É genocídio”, e outros carregando cartazes com a mensagem “ÂíBasta!”
Nomes conhecidos do cenário cultural uruguaio estão participando da iniciativa, como os músicos e compositores Nicolás Ibarburu, Mariana Ingold, Fernando Cabrera e Martín Buscaglia, além do cineasta, animador e roteirista Walter Tournier.
Em entrevista à publicação Caras y Caretas, Buscaglia disse que era uma forma de se manifestar contra “esse massacre em tempo real”, “explicitamente apoiado pelos Estados Unidos e, de forma mais implícita, por vários países europeus”.
Ele enfatizou que se trata de um genocídio “que salta aos olhos” e chamou a atenção para a “decepcionante dissociação” do governo uruguaio em relação a “esse massacre em tempo real”.
A proposta se junta a movimentos semelhantes que estão se multiplicando em outros países.
Na semana anterior, uma vigília foi realizada aqui na Plaza Independencia e em frente ao gabinete presidencial, convocada pela Coordinadora por Palestina (Comitê de Coordenação pela Palestina).
Seus participantes exigiram o rompimento das relações diplomáticas com Israel, uma exigência compartilhada por um grupo de 87 judeus uruguaios que se manifestaram em uma declaração pública.
Há alguns dias, o governo uruguaio congelou o acordo entre a Agência Nacional de Pesquisa e Inovação (ANII) e a Universidade Hebraica de Jerusalém, que foi assinado no final do ano passado pela administração anterior e incluía a abertura de um escritório nessa cidade.
A medida foi descrita pelo governo do presidente Yamandu Orsi como um gesto político diante da contínua agressão militar israelense contra a população palestina.
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