Quarta-feira, Agosto 20, 2025
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Pesquisa apresenta números sobre assédio contra mulheres no Uruguai

Montevidéu, 20 ago (Prensa Latina) Um grande número de mulheres uruguaias já foi vítima de assédio em espaços públicos em algum momento, segundo dados da empresa de pesquisas Usina de Percepção Cidadã, divulgados hoje aqui.

De acordo com a fonte, do total de vítimas, 67% tiveram sua primeira experiência antes dos 18 anos de idade.

Em declarações à imprensa, a psicóloga Micaela Cal definiu o assédio sexual de rua como “qualquer ato de conotação sexual dirigido a uma mulher, contra sua vontade, sem seu consentimento e que gera desconforto, intimidação, medo, insegurança”.

Assobios e comentários inadequados são as formas mais frequentes, disse ela.

Esse é um fenômeno que ocorre predominantemente com as mulheres. Embora a pesquisa acrescente que “27% dos homens foram assediados em público”. Apesar de ser uma ofensa legal, mais de 90% das pessoas não denunciaram e a maioria delas não sabia como fazê-lo. Além disso, o fenômeno é “naturalizado”.

Além disso, o fenômeno é “naturalizado”. Isso fica claro nos dados da pesquisa, segundo os quais a maioria das pessoas que sofreram assédio nas ruas não recebeu assistência de terceiros, enfatizou a especialista.

“Vemos que as mulheres desenvolvem estratégias cotidianas para evitar situações de assédio, mudam seu trânsito diário, decidem ou tomam decisões para pegar outro tipo de transporte, o que também implica custos mais altos para elas”, acrescentou.

E concluiu: “diariamente, as mulheres estão tomando decisões para evitar situações de assédio sexual nas ruas”.

oda/ool/bm

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