Falando ao portal Table.media, o chanceler argumentou que o Bundeswehr (exército alemão) já concentra recursos na defesa do território da Organização do Tratado do Atlântico Norte, com uma brigada permanente na Lituânia.
Estender as operações para a Ucrânia representaria uma carga logística excessiva, disse ele.
Wadephul ressaltou que a decisão final cabe ao Ministro da Defesa Boris Pistorius, mas enfatizou as alternativas de apoio militar não-missionário.
Continuaremos a fornecer assistência técnica e equipamentos, disse ele.
Os analistas interpretam a postura como uma tentativa de equilibrar os compromissos do Atlântico com as pressões internas.
O governo está evitando medidas que possam agravar o conflito, disse Claudia Major, do Instituto Alemão de Assuntos Internacionais.
Da mesma forma, o chefe de Estado alemão mostrou-se cautelosamente otimista em relação às negociações após a cúpula entre os EUA e a Rússia no Alasca.
O simples fato de haver diálogo indica que as partes estão buscando soluções, disse ele.
A posição alemã contrasta com os planos da chamada coalizão dos dispostos (França-Reino Unido) de enviar forças para a Ucrânia pós-conflito.
Moscou classificou essa iniciativa como uma provocação inaceitável.
A questão dominará a agenda da reunião de hoje em Washington entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e seu homólogo ucraniano, Volodymir Zelensky, acompanhado por líderes europeus.
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