Quarta-feira, Agosto 20, 2025
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Presidente colombiano propõe homenagem às vítimas na Cúpula CELAC-UE

Bogotá, 16 ago (Prensa Latina) O presidente colombiano, Gustavo Petro, propôs prestar homenagem às vítimas do partido União Patriótica (UP) durante a cúpula CELAC-União Europeia (UE) em Santa Marta, em novembro próximo.

De acordo com as declarações do presidente em uma reunião do Conselho de Ministros realizada no dia anterior, o objetivo é reparar “aqueles que viram seus entes queridos serem atingidos por balas” e deve ser acompanhado por “uma expressão artística progressista de todo o mundo em Santa Marta”.

Ele explicou que a iniciativa de realizar tal evento durante a Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) e da UE se deve ao fato de que “o mundo tem expectativas para o encontro, e o mundo precisa saber que houve um genocídio político na Colômbia recentemente”.

Petro indicou que a comemoração deve servir ao propósito de garantir que os responsáveis “possam sentir que a humanidade os responsabiliza, que não somos apenas nós, é a humanidade, e que isso pode nos levar a níveis de garantia de não repetição”.

O presidente lembrou que a Corte Interamericana de Direitos Humanos ordenou que o Estado colombiano se desculpasse pelos assassinatos perpetrados contra militantes da UP.

Ele também afirmou que tem sido seu dever pedir desculpas em nome do Estado pelos massacres cometidos com a cumplicidade de outros governos.

“Eles estão deixando Petro se desculpar. Parece que o Estado é bastante hipócrita, e isso é demonstrado por ex-presidentes que mais uma vez falam em vingança e criminalizam a União Patriótica”, afirmou.

As declarações do chefe de Estado seguem declarações do ex-presidente Álvaro Uribe (2002-2010) lidas durante o funeral do recém-falecido senador Miguel Uribe (1986-2025).

Em seu discurso, o ex-presidente afirmou que o congressista “nunca apelou para uma combinação de formas de luta, ao contrário de alguns membros da UP (União de Poderes Patrióticos) que promoveram sequestros e participaram de ordens de assassinato, mas se sentiram no direito de se impor à democracia”.

A União Patriótica, partido comumente conhecido na Colômbia pelas iniciais UP, surgiu em 1985 como um coletivo de tendência progressista.

As declarações do chefe de Estado seguem-se às declarações do ex-presidente Álvaro Uribe (2002-2010), lidas durante o funeral do recém-falecido senador Miguel Uribe (1986-2025).

Em seu discurso, o ex-presidente afirmou que o congressista “nunca recorreu a formas combinadas de luta, ao contrário de alguns membros da UP (União da União Patriótica) que promoveram sequestros e participaram de ordens de assassinato, mas se sentiram no direito de se impor à democracia”.

A União Patriótica, partido comumente conhecido na Colômbia pela sigla UP, surgiu em 1985 como um coletivo de tendência progressista.

De acordo com a Comissão da Jurisdição Especial para a Paz e a Verdade, mais de seis mil de seus membros ou apoiadores foram mortos ou desapareceram em ataques perpetrados principalmente por paramilitares ou agentes do Estado.

Não foi surpresa, portanto, que a UP tenha reagido imediatamente com indignação às palavras do ex-chefe de Estado.

“As declarações de Álvaro Uribe Vélez não só incorrem em estigmatização, como também minimizam e banalizam as graves violações de direitos humanos que têm sido objeto de condenação internacional contra o Estado colombiano pela Corte Interamericana de Direitos Humanos”, afirmou a organização em nota.

rc/ifs/bj

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